Diary Words

Hoje é domingo, está um dia tão lindo lá fora. Toda a gente sai para passear, para aproveitar o Sol que se faz sentir, talvez os únicos dias em que não temos preocupações com o trabalho ou com os estudos e ficamos a apreciar o que a Natureza tem de melhor para nos dar.

Nunca há um passeio perfeito, haverão tentativas de passeios perfeitos. Todos os passeios serão diferentes, mesmo que passemos pelos mesmos locais, ter os mesmos destinos, pelas mesmas estradas.

Só o facto de hoje ser um novo dia, e com ele nasceu um poder enorme de amar, o dia torna-se diferente dos outros. Talvez consigas ver as árvores mais verdes do que ontem, consigas ver as flores mais coloridas, porque damos significado a coisas banais que sempre estiveram lá, mas nunca as vimos.

Por isso hoje fui pelo mesmo caminho, fui visitar os meus avós, pela mesma estrada, para o mesmo destino. Não é longe, neste momento estão a viver na cidade onde moro porque já não podem ficar na aldeia com a idade algo avançada que têm. A vida é assim, adaptamo-nos às circunstâncias, mas sempre apoiados por quem nos amou a vida toda.

Fui todo o caminho, como de costume, a ver se notava algo de novo na paisagem. E tanta coisa estava diferente cada vez mais coloridas. Há mais de um ano que as cores desta paisagem ficam mais florescentes quando passo.

Parei o carro quase no meu destino, o meu pai saiu fora do carro para falar com uma pessoa conhecida. Eu também saí, mas não fui com ele. Fiquei a dar um passeio pelo jardim do tamanho de uma rotunda, que existia por ali. Era pequeno, mas tinha lá flores nesta altura do ano. Uma era vermelha e linda, abaixei-me, estive a apreciar a sua fisiologia, para ver qual a flor que um dia sem saberes te quererei oferecer para colocar por detrás da tua orelha, como símbolo da beleza exterior e interior que significas para mim.

No entanto o meu pai chamou-me, tive de vir embora, mas aquela flor continuará a crescer ali, para quem sabe, alguém ainda hoje a possa oferecer a alguém especial como tu.